Fenômeno curioso

"Assim que um homem quer uma mulher, ele está genuinamente convencido de que ele nunca mais poderá viver sem ela pelo resto de sua vida natural." - (A Modelo) Guy de Maupassant

Vico

Ontem tive um dia prosaico. Fui ao banco a pé, andei pelo bairro, resgatei memórias que nem sabia que existiam, parei para tomar um café, enfim, tive um dia simples.

Encontrei um sebo pitoresco em um esquina. Em meio a revistas, livros de coleções da Abril, ou do Círculo do Livro, apostilas escolares rabiscadas e CD's de coleções Caras, encontrei alguns itens interessantes. Havia livros com dedicatórias, um deles assinado por toda a turma e presenteado à professora. Aparentemente, não foi o presente que a professora mais gostou.

Mas o que mais me chamou a atenção e me fez refletir, foi um livro dos anos 50 cujo título era algo parecido com "Calendário Maluco". Basicamente, o livro era um diário de alguém com pensamentos, narrativas, reflexões, etc. Esse autor, um completo desconhecido, assim como eu, decidiu expor seu íntimo em um livro que hoje está sendo devorado por ácaros e que ninguém sabe de quem se trata. Há uma vida, que ainda resistia após a morte de seu dono, sendo tomada por bolor e esquecimento.

O que será das minhas memórias quando eu não estiver mais aqui para lembrá-las? Tudo que vi, tudo que escutei, tudo que chorei, tudo que ri, tudo que amei, todos os detalhes.