quarta-feira, 4 de junho de 2008

Alone

From childhood's hour I have not been
As others were -- I have not seen
As others saw -- I could not bring
My passions from a common spring.
From the same source I have not taken
My sorrow, I could not awaken
My heart to joy at the same tone;
And all I lov'd, I lov'd alone.
Then--in my childhood--in the dawn
Of a most stormy life--was drawn
From ev'ry depth of good and ill
The mistery wich blind me still:
From the torrent, or the fountain,
From the red cliff of the mountain,
From the sun that 'round me roll'd
In its autumn tint of gold--
From the lightning in the sky
As it pass'd me flying by--
From the tunder and the storm,
And the cloud that took the form
(When the rest of Heaven was blue)
Of a demon in my view.

Edgar Allan Poe

terça-feira, 3 de junho de 2008

Revés

O que é essa matérea que por vezes sentimos como consciência?
Como podemos saber onde estão guardados nossos segredos
se a certeza da permanência se dilui como um déjà vu,
se a permanência da certeza de pertencemos é um anel
- promessa vã - de amantes eternos, laços de feuArdem as pontas dos dedos mas não se pode tocar

Apaga, apaga, apaga,
Já não se pode tocar

A vontade é a ilusão do afeto
Duas solidões que se procuram
Uma crê no sim concreto
Outra deixa que se misturem

Com virtudes, com idéias, com sonhos
Com corpos, com braços, com poucos
Com
O lampejo nos conta uma fábula

Que havia um reino, que há muitas léguas brilhava,
Que havia uma princesa, que há muitos suspiros crescia,
Que havia um cavaleiro, que há muitos dragões empinava
e que havia uma fada, que há muitos pedidos concedia.

E havia o perigo, e havia o suspense, e havia a luta e então a redenção
E havia o romance, e havia o futuro, e havia

E o lampejo apagou-se

.

e no dia seguinte, outra fábula seria contada, mas não havia romance